Como muitos empresários no Brasil, comecei o ano enfrentando ventos fortes.
Reformulações, perdas, decisões difíceis… Ontem foi um desses dias em que o jogo virou — não porque tudo se resolveu, mas porque eu senti, com força, o porquê de continuar.
Tivemos uma mudança completa: equipe, clientes, rotinas, rumos.
E quem empreende sabe… Nessas horas, o empresário volta pro chão da fábrica.
Você não é mais só o dono. É o financeiro, o atendimento, o designer, o suporte e, às vezes, até o entregador.
É nesse cenário que surge uma dúvida silenciosa, mas real:
“Será que devo continuar?”
E entre respostas e silêncios, vem o maior desafio:
Ser extremamente profissional, para no momento certo deixar de ser apenas profissional e ser humano.
Se importar de verdade.
Olhar pro colaborador como gente — e não como número.
Se perguntar, no meio da correria: “Será que estou cuidando bem das pessoas que caminham comigo?”
A autocobrança vem forte.
E a verdade é que a cobrança que vem de dentro é sempre a mais dura de carregar.
Mas foi nesse cenário, nesse turbilhão, que algo especial aconteceu.
No meio da rotina, do estresse, das tarefas… minha equipe me surpreendeu.
Sem eu saber, organizaram uma festa de aniversário.
Completa: bolo, salgadinho, docinho, refrigerante e — principalmente — carinho.
Foi simples.
Mas foi gigante.
Porque, naquele momento, eu não era o chefe. Eu era só alguém sendo lembrado.
E ali eu percebi:
Estamos no caminho certo.
Não porque está tudo pronto. Mas porque estamos cuidando do que importa: pessoas.
Essa caminhada é longa.
Mas quando ela é feita com verdade e humanidade,
a gente entende que não empreende só para crescer.
A gente empreende para melhorar a vida do próximo.
E ontem, foi isso que eles fizeram comigo.
—
✍️ Por Jorge Peixoto
Porque todo negócio que transforma começa pelas pessoas.
